Caro amigo,
Deixo-lhe essas poucas palavras com a satisfação de poder abraçar o teu Espírito nas noites libertas de nossos sonhos.
Leve-as a quem puder ouvir, pois apenas um fóton de luz pode transformar um coração, que assim desejar.
Mesmo entre nós – os desencarnados, ainda existem dificuldades de aceitação das leis que regem a relação com as criaturas.
A grande maioria não se dá conta do funcionamento da dinâmica universal, que compreende todos os seres.
Mas, sabendo que não existe injustiça nas leis de Deus, devemos entender a causa de todo sofrimento por nossas próprias fraquezas!
Por mais que nos esforcemos, o fruto de nossa colheita ainda é relativo ao nosso plantio, e o contrário seria até injustiça…
Aqui, no astral, também, a vida segue a mesma:
De um lado têm aqueles, que aceitam conformados a dor e o sofrimento, sem lutar.
Do outro, os que às rejeitam e até se revoltam, por se acharem injustiçados.
Uns pensam serem privilegiados e sua confiança é tanta, que seguem a vida enganando-se.
Outros sabem de suas deficiências, mas não procuram a melhora, ao contrário, vivem na cegueira, sem criar oportunidades.
Temos alguns, acovardados pelo medo e pela preguiça, temendo o reboliço que causaria suas vidas com o desprendimento da verdade.
Já os atirados e desbravadores, resvalam-se no brio de seus egos inflados; e fantasiosos, perdem-se nos labirintos de sua própria armadilha.
Os rebeldes e desrespeitadores são influenciados e excêntricos. Achando-se diferentes, nada constroem, e se frustram com a chegada da verdade.
Já os humildes e obedientes, às vezes, se cegam com a fé autoritária do dogmatismo religioso, e se distanciam da oportunidade de busca de um conhecimento maior.
Os leões da gula e da luxúria vergastam seus corpos espirituais, minando a capacidade de resistência até ao extremo da doença e do desespero.
Os obstantes do amor, não aprenderam a cultivar os laços sagrados da família, que retifica e resgata as desarmonias do passado.
Os orgulhosos, também são a nossa maioria; não permitem retrucas e, às vezes, até matam pela defesa de sua opinião.
Os vaidosos não perdem o personalismo; valorizando ao máximo suas conquistas, seguem apegados, ainda, aos bens materiais, que adquiriram na terra.
Os mais simples, quando não se permitem corromper e dominar, são atraídos para a sintonia das Consciências maiores, a revelar seus valores adormecidos.
Todos somos assim, indivíduos mais ou menos lúcidos de nossos objetivos, onde cada qual almeja encontrar o seu espaço, mas não sabe exatamente como fazê-lo, mesmo depois de morto!
Na terra ou no astral cada um expressa a sua própria vontade; vivendo no plano físico ou extrafísico, seguem como sempre, removendo os obstáculos ao seu livre arbítrio.
Somos aquilo que pensamos e formamos em nossas mentes ao longo da existência aí na terra.
Como pode ver amigo, não há muita diferença entre nós e os vivos, a não ser pelo fato de não termos mais esse fardo, que é o corpo físico.
A consciência continua a mesma, por isso, quanto mais cedo pudermos lapida-la, melhor!
E chegará o dia, onde idas e vindas, não serão mais necessárias ao Espírito, que aprendeu a se harmonizar com as Leis do Eterno Deus.
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Por: Júlio Nunes (Mensagem recebida Espiritualmente durante um contato que tive com um amigo na dimensão astral)